domingo, 12 de junho de 2011

Geografia ensino médio 1 ano

Escola Estadual  OSCAR PEREIRA 
   POLIGRAFO GEOGRAFIA                       Professor Nelson Nachtigall     (nelsonatigal@gmail.com)
A   Localização no Espaço e os Sistema de Informações geográficas.

As coordenadas geográficas

As coordenadas geográficas são linhas imaginárias traçadas sobre o globo terrestre que permitem a localização de qualquer ponto sobre sua superfície. Essa rede de linhas é composta pelos meridianos, que ligam o polo geográfico norte ao polo geográfico sul, e os paralelos, que cruzam perpendicularmente os meridianos.

Paralelos e latitudes

O Equador - o principal paralelo - é a linha que circunda o globo. Todos os seus pontos estão a igual distância de ambos os poios, formando um plano que divide hori­zontalmente a Terra em duas partes iguais: o hemisfério Norte, também chamado de setentrional ou boreal, e o hemisfério Sul, também chamado de meridional ou austral.
A distância, em graus, de qualquer ponto da superfície terrestre à linha do Equa­dor recebe o nome de latitude. Definiu-se, portanto, como 0° a latitude do Equador. Nos hemisférios Norte e Sul têm-se, respectivamente, latitudes norte (N) e sul (S), que atingem o ângulo máximo de 90° nos poios. Assim, se traçarmos 90 paralelos equidistantes em cada hemisfério, a distância entre eles será de 1°. Todos os lugares situados em um mesmo paralelo têm a mesma latitude.
Além do Equador, há quatro outros paralelos importantes: o trópico de Câncer e o círculo polar Ártico, no hemisfério Norte, e o trópico de Capricórnio e o círculo polar Antártico, no hemisfério Sul.
Os trópicos distam 23°27' (23 graus e 27 minutos) do Equador e indicam os limites máximos ao sul e ao norte em que os raios solares incidem verticalmente sobre a Terra durante o solstício de verão.
A faixa do planeta situada entre o trópico de Capricórnio e o de Câncer é denomi­nada intertropical. Nela, os raios solares incidem perpendicularmente em determinado período do ano.
Ao norte do trópico de Câncer e ao sul do trópico de Capricórnio, os raios solares atingem a superfície terrestre sempre de forma inclinada (oblíqua nas zonas temperadas e tangente nas zonas polares).



Os círculos polares distam 66°33' da linha do Equador e assinalam o limite máximo de iluminação das regiões polares nos solstícios de verão. Assim, durante o verão, não há noite na região polar, que recebe os raios solares durante 24 horas. No início do inverno (solstício de inverno), acontece o contrário, ou seja, não se vê a luz do Sol durante 24 horas.
A variação na duração do dia (período de iluminação) e da noite em cada lugar da Terra é tanto maior quanto mais distante o lugar estiver da linha do Equador. A "posição" do Sol no firmamento também altera a incidência dos raios solares: na maior parte do território brasileiro, por exemplo, ora eles incidem aproximadamente a partir da direção norte, ora aproximadamente a partir da direção sul (quando for próximo do meio--dia). Para as localidades que são atravessadas pelo trópico de Capricórnio e, principalmente, para as que estão ao sul dessa linha, os raios solares atin­gem a superfície aproximadamente a partir do norte, por volta do meio-dia.
A variação na distribuição dos raios solares nos dois hemisférios, que dá origem às estações do ano, é consequência da inclinação do eixo terrestre, em combinação com o movimento que a Terra faz ao redor do Sol durante o período de um ano - o movimento de translação.
Quando os raios solares incidem direta e verticalmente sobre o trópico de Capricórnio (por volta de 21 de dezembro), no hemisfério Sul há o início do verão e o dia mais longo do ano (solstício de verão), enquanto no hemis­fério Norte há o solstício de inverno, com o início do inverno e o dia mais curto do ano. A situação se inverte quando os raios incidem verticalmente sobre o trópico de Câncer (por volta de 21 de junho). Observe ao lado.
Apenas por volta de 21 de março e de 23 de setembro os hemisférios Norte e Sul recebem a mesma quantidade de luz e calor, tendo o dia e a noite igual duração e os raios solares incidindo perpendicularmente à linha do Equador (equinócio), de forma que os limites da zona iluminada da Terra passam exatamente pelos dois poios. No dia 21 de março, iniciam-se a primavera no hemisfério Norte e o outono no hemisfério Sul, ocorrendo o inverso no dia 23 de setembro.

Meridianos e longitudes

Os meridianos, ao contrário dos paralelos, não circundam totalmente a esfera terrestre, indo apenas de um polo ao outro. Desse modo, só dividem o planeta verticalmente em duas partes iguais, ou hemisférios, junto com seu meridiano oposto, chamado ntimeridiano.
Em 1884, o meridiano que passa por Greenwich, próximo à cidade de Londres, foi estabelecido como referencial ou principal. A partir dessa data, o meridiano de Greenwich e o seu antimeridiano passaram a dividir, por convenção, a esfera terrestre em dois hemisférios: Leste ou Oriental e Oeste ou Ocidental. A distância de qualquer ponto da superfície terrestre ao meridiano de Greenwich recebe o nome de longitude  é dada em graus. A longitude de Greenwich é, portanto, zero grau (0°). Nos Hemisférios Leste e Oeste têm-se respectivamente, longitudes leste( L) e oeste (O), que medem até 180°. Assim, os meridianos 180° este e oeste coincidem. Veja ao lado.
Para determinar a localização exata de um ponto na superfície errestre, basta ter sua latitude e sua longitude. Observe o mapa a seguir





Os fusos horários
Na segunda metade do século XIX, praticamente o mundo inteiro já era conhe­cido. O novo desafio do ser humano foi criar e aperfeiçoar meios de comunicação e de transporte para facilitar o acesso e o contato entre diversos pontos do planeta. Isso significava que, para determinar a hora local, um sistema universal tornava-se cada vez mais necessário.
Em 1884, representantes de 25 países reunidos em Washington D.C. estabeleceram uma divisão do mundo em 24 fusos de uma hora, tendo como referência as linhas de longitude e baseando-se no fato de que a Terra demora praticamente 24 horas para dar uma volta completa em torno do próprio eixo4. Dessa forma, dividindo os 360° da circunferência terrestre por 24, obtém-se a medida de cada fuso horário: 15°.
Cada fuso é delimitado por dois meridianos, e todas as localidades situadas dentro dos limites de um fuso têm o mesmo horário: é a chamada hora legal. Como a rotação da Terra ocorre no sentido de oeste para leste, o dia sempre tem início nos países localizados a leste do globo.
O fuso referencial para a determinação das horas é o de Greenwich, cujo centro é 0°. Os limites desse fuso são os meridianos 7°30' leste e 7°30' oeste. A hora determinada pelo fuso de Greenwich recebe o nome de GMT (Greenwich Meridian Time). A partir disso, são estabelecidos os outros limites de fusos horá­rios, cada um com um meridiano no centro. Por exemplo, uma localidade situada a 38° O tem como centro de seu fuso horário o meridiano de 45° O, cujos limites são 37°30' O e 52°30' O.
O fuso não é exatamente uma faixa reta e contínua ligando um polo a outro. Existe um limite prático entre os fusos: eles seguem os contornos dos limites dos países ou unidades administrativas e federativas (como estados e províncias) em que alguns países se dividem.
Os países com grande extensão territorial na direção leste-oeste são atravessados por vários fusos. O território da Rússia, por exemplo, abrange 11 fusos horários.
Mesmo sem um mapa, é possível calcular os fusos de determinada localidade, desde que saibamos sua longitude e o horário e a longitude de outro local, que será tomado como referência. Por exemplo: quando são nove horas no Rio de Janeiro (43° O), os horários de Londres (0° de longitude), San Francisco (122° O) e Cairo (31° L) podem ser calculados conforme o processo demonstrado a seguir.



Fonte: Elaborado pelos autores.
Cidade
Longitude
Centro do fuso
Distância em relação ao fuso de referência* (em graus)
Diferença em horas
Horário
Rio dejaneiro (Brasil)
43° 0
45° 0
Fuso de referência
9 horas
Londres (Reino Unido)
0°
0°
45°
+ 3
12 horas
San Francisco (EUA)
122° 0
120° 0
75°
-5
4 horas
Cairo (Egito)
31° L
30° L
75°
+ 5
14 horas
* Neste caso, o fuso de referência é o da cidade do Rio de Janeiro.


Os fusos horários no Brasil
O Brasil, devido à sua grande extensão na direção leste-oeste, apresenta três fusos horários diferentes.A maior parte do território fica no segundo fuso horário (atrasado três horas em relação a Greenwich), que corresponde à hora oficial do Brasil - o horário de Brasília. Nesse fuso, estão as regiões Sul, Sudeste, Nordeste e parte das regiões Norte e Centro--Oeste. Observe no mapa que o limite prático dos fusos acompanha a divisão política do país, para evitar a existência de dois fusos dentro do mesmo estado. Visando a economia de energia elétrica, em alguns países - inclusive o Brasil é comum a adoção do horário de verão. Em 2009, durante o horário de verão, os relógios dos estados de RS, SC, PR, SP, RJ, ES, MG, GO, MT e MS, além do DF, foram adiantados em l hora no período de 18 de outubro
a 21 de fevereiro do ano seguinte.
Exercícios com mapas dos fusos horários